Marconi Perillo se pronuncia após a suspensão do processo pelo STF, destacando a rapidez da decisão e a manutenção da verdade. Foto: Divulgação.
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, na última sexta-feira (28), a suspensão do processo que investigava o ex-governador de Goiás e atual presidente do PSDB, Marconi Perillo. “Essa decisão restabelece a verdade e demonstra que o STF age com rapidez e firmeza para impedir que ações políticas encomendadas prosperem no país”, declarou Perillo em nota à imprensa.
A decisão foi tomada por unanimidade pelos ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, André Mendonça, Dias Toffoli e Nunes Marques, seguindo o voto do relator Gilmar Mendes. O ministro defendeu a suspensão para garantir o “devido andamento da apuração”, após mudanças no entendimento do STF sobre foro por prerrogativa de função.
O ex-governador voltou a afirmar que a investigação era “infundada” e que nunca teve envolvimento com o caso. “Os ministros confirmaram a suspensão do processo que resultou em busca e apreensão injustificada contra mim, decorrente de uma investigação infundada que, em nenhum momento, me envolvia nos fatos supostamente apurados”, ressaltou em nota, completando:
Essa decisão restabelece a verdade e demonstra que o STF age com rapidez e firmeza para impedir que ações políticas encomendadas prosperem no país. Continuo confiando na Justiça.
Impacto político
Presidente nacional do PSDB, Perillo trabalha atualmente na fusão do partido com o PSD. A decisão do STF representou um alívio para sua gestão política e consolidou sua estratégia de defesa contra as acusações. A posição do Supremo também reforça o entendimento de que políticos podem manter o foro privilegiado mesmo após deixarem seus mandatos, um tema que tem gerado intensos debates no meio jurídico e político.
Entenda o caso
Perillo foi alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) no dia 6 de fevereiro de 2025. A investigação apurava um suposto esquema de desvio de recursos da saúde entre 2012 e 2018, período em que Perillo governava Goiás.
Segundo as autoridades, o esquema envolvia a subcontratação de empresas ligadas a políticos e gestores de uma organização não governamental (ONG), que, ao receber pagamentos, repassava parte dos valores aos envolvidos. No total, foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão, a maioria em Goiânia, e um em Brasília. Além disso, houve o bloqueio de mais de R$ 28 milhões em bens dos suspeitos.
Confira a nota de Marconi Perillo na íntegra:
“NOTA À IMPRENSA
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou nesta sexta-feira (28 fev.), por unanimidade, a decisão liminar concedida em meu favor. Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, André Mendonça, Dias Toffoli e Nunes Marques confirmaram a suspensão do processo que resultou em busca e apreensão injustificada contra mim, decorrente de uma investigação infundada que, em nenhum momento, me envolvia nos fatos supostamente apurados.
Essa decisão restabelece a verdade e demonstra que o STF age com rapidez e firmeza para impedir que ações políticas encomendadas prosperem no país. Continuo confiando na Justiça.
Marconi Perillo
Ex-governador de Goiás
Presidente Nacional do PSDB“
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