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Mabel defende continuidade do lixão de Goiânia

REBATEU

Relatório da Semad apontou 12 “irregularidades graves”

Mabel defende continuidade do lixão de Goiânia (Foto: Divulgação)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), defendeu nesta sexta-feira (27) a legalidade e a viabilidade técnica da operação do aterro sanitário municipal, contestando os apontamentos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) que classificaram o local como inadequado e em risco de colapso e até explosões. Durante entrevista coletiva no Paço Municipal, Mabel apresentou relatórios de órgãos e consultorias que, segundo ele, respaldam a continuidade das atividades e os investimentos realizados pela gestão.

Entre os documentos citados está o relatório do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), divulgado em junho de 2025, que atribuiu nota 7,5 ao aterro, classificando-o como “parcialmente adequado” e com viabilidade de operação contínua. O prefeito também mencionou laudos da Fral Consultoria, que validou a estrutura até 2032, e de uma vistoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), em maio deste ano, que teria elogiado a estrutura e a equipe técnica da unidade.

Promessa de modernização e aproveitamento energético no lixão de Goiânia

Mabel afirmou que o município está implementando um plano de modernização que deve ser concluído em até dois anos, com a instalação de uma estação definitiva de tratamento de chorume, aproveitamento energético do biogás e a criação de uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR). “Abrir mão do aterro significa abandonar o local, o que aumenta os riscos. Estamos trabalhando para transformá-lo em um dos mais modernos do Brasil”, declarou o prefeito reforçando os projetos para o lixão de Goiânia.

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Entre os investimentos anunciados, estão 12 novos equipamentos operacionais adquiridos para manutenção e operação do aterro, como tratores de esteira, escavadeiras e caminhões basculantes. Segundo a prefeitura, também estão em andamento obras de adequação estrutural, drenagem de chorume e gás, e cobertura diária dos resíduos.

Amma rebate relatório da Semad sobre lixão de Goiânia e critica ausência de estudos

A presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Zilma Peixoto, questionou a consistência técnica do relatório da Semad. Ela afirmou que o documento não apresenta cálculos estruturais nem estudos laboratoriais que sustentem as alegações sobre risco de desmoronamento ou explosões, e disse que ao menos 20 dos 34 itens listados são contestados pela prefeitura. O relatório aponta risco de explosões e cita relato de moradores que denunciam infestações de ratos e até escorpiões.

Zilma destacou que a presença de um supervisor técnico qualificado foi atestada pela CGU e cobrou acesso ao relatório completo da Semad para que a Prefeitura possa apresentar respostas detalhadas. “O prefeito já se colocou à disposição para prestar contas regularmente e pediu apenas a oportunidade de implementar melhorias no sistema de tratamento de resíduos”, afirmou.

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Mabel também descartou o envio dos resíduos a aterros privados, criticando o custo elevado dessas operações. De acordo com ele, o lixão de Goiânia custa cerca de R$ 40 por tonelada, enquanto os privados cobrariam até R$ 170. “Não vamos aceitar pressionarem para enviar nosso lixo para aterros privados. Com os recursos que economizamos, podemos investir em soluções definitivas e sustentáveis”, disse.

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A prefeitura informou ainda que está em processo de contratação de uma empresa para monitoramento ambiental e geotécnico, além de elaborar licitação para implantação da nova unidade de tratamento de chorume. Enquanto isso, o resíduo líquido é encaminhado para tratamento complementar na ETE da Saneago.

Irregularidades graves” no lixão de Goiânia, aponta Semad

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) emitiu uma nota indicando que fiscais da pasta apontaram pelo menos 12 irregularidades graves no lixão de Goiânia, durante fiscalizações realizadas em janeiro, fevereiro e abril deste ano. A unidade, que pela legislação federal já deveria estar desativada desde 2011, segue funcionando em condições classificadas pelos fiscais como precárias e inadequadas.

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