COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT
Prefeito foca no fluxo de veículos, mas outros personagens do trânsito merecem ser olhado ms
Mabel: e os pedestres? (foto Alex Malheiros/Secom municipal)
Recentemente, medidas adotadas pela gestão do prefeito Sandro Mabel em algumas vias de Goiânia indicam um foco maior no fluxo de automóveis, ônibus e motos. Embora a fluidez do trânsito seja essencial, esse olhar restrito acaba deixando pedestres e ciclistas em segundo plano, o que pode gerar sérios impactos à mobilidade urbana e à qualidade de vida.
É urgente que a lógica de priorizar o carro seja revista. As grandes metrópoles ao redor do mundo, como Nova York, Londres e Paris, estão seguindo a tendência de inverter essa pirâmide de mobilidade. Nessas cidades, a infraestrutura urbana tem sido projetada para dar mais segurança e conforto ao pedestre, com ampliação de calçadas, criação de áreas exclusivas para caminhadas e ciclovias bem integradas.
Goiânia ainda sofre com uma estrutura que privilegia os veículos e negligencia a acessibilidade de quem se locomove a pé ou de bicicleta. Isso não só impacta a segurança, mas também limita a experiência urbana e contribui para o aumento da poluição e da emissão de gases de efeito estufa.
O prefeito Mabel, ao adotar essas medidas iniciais, demonstra uma preocupação com o fluxo de veículos, mas precisa entender que a cidade deve ser construída para todos os cidadãos, não apenas para os motoristas. Uma mudança de mentalidade é necessária, em busca de um ambiente urbano mais inclusivo, onde as pessoas possam transitar com mais segurança, qualidade e respeito à vida.