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Bolsonaro e Moraes ficarão frente a frente para interrogatório da trama golpista; veja detalhes


Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9), às 14h, os interrogatórios dos réus do núcleo 1 da trama golpista. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assim como os demais réus, estará frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes.

O interrogatório ocorre de forma presencial, na sala de sessões da Primeira Turma do STF, até a próxima sexta-feira (13), com o responsável pela relatoria do caso (Alexandre de Moraes), e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Preso, o general Braga Netto será o único réu que irá depor por videoconferência. Os trabalhos serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça.

Cronograma

O primeiro a depor será o o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator nas investigações. No dias seguintes, os demais réus serão chamados, por ordem alfabética, para serem interrogados por Moraes.

São eles: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto.

De acordo com a CNN, os depoimentos começarão com a convocação individual dos réus à tribuna montada no centro da sala de sessões, equipada com dois assentos, sendo um para o réu e outro para seu advogado de defesa.

Durante o interrogatório, o primeiro a questionar o réu será o ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, a palavra será concedida à acusação, representada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Depois, os advogados de defesa também poderão fazer perguntas.

Trama golpista

Os réus citados acima respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O interrogatório que ocorre nesta semana é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano. Em caso de condenação, as penas passam de 30 anos de prisão.


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