CRISE ECONÔMICA
Gestão estadual fala em ‘omissão do governo federal’ e articula resposta goiana às tarifas impostas pelos EUA
Ao lado do presidente da Fieg, André Rocha, o governador Ronaldo Caiado (UB) convocou reunião com setor produtivo (Foto: Reprodução – Redes Sociais)
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) convocou empresários goianos para uma reunião emergencial na próxima terça-feira (22), às 14h, no Palácio das Esmeraldas, para discutir estratégias de enfrentamento aos impactos econômicos das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. O encontro foi anunciado em vídeo publicado nas redes sociais, neste domingo (20), ao lado do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, durante missão oficial no Japão.
“Essas tarifas e represálias preocupam todos os empresários brasileiros. Em Goiás, também estamos atentos. Por isso, o governador está convocando os empresários afetados para discutirmos alternativas que minimizem os efeitos danosos dessas medidas”, afirmou André Rocha. “E nós, em Goiás, também estamos preocupados”, complementou. A partir de agosto, os Estados Unidos vai impor uma taxa de 50% para todos os importados brasileiros.
De acordo com Caiado, o objetivo do encontro é construir soluções locais, diante da ausência de medidas por parte do governo federal. Neste sábado (19), ele anunciou a intenção de lançar uma linha de crédito com juros abaixo da taxa de mercado, voltada para empresas diretamente impactadas pelas restrições americanas.
“Já que o governo federal não assumiu nenhuma ação concreta, nós assumiremos. Vamos cuidar das empresas, dos empregos, das famílias goianas. Vamos pra cima”, declarou o governador.
A reunião será aberta a representantes de todos os segmentos do setor produtivo, indústria, comércio e serviços, com foco especial nas empresas que exportam para os Estados Unidos e correm risco de perder competitividade ou mercado. “Determinamos com que a primeira reunião com a participação de todos os empresários do setor urbano, toda a área empresarial do estado de Goiás, comércio, serviços, enfim, todos aqueles onde estão envolvidos diretamente nessa penalização maior que nós estamos sendo aí imputados”, explicou.
