Fraudes
Carvalho disse que a CGU seguiu a orientação do presidente Lula para agir com rigor
Vinicius Carvalho afirmou que também gostaria que o problema fosse descoberto antes – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
“Todo mundo sabia do problema e que a CGU estava fazendo auditoria. A informação de que as pessoas não sabiam não procede. O ministro Rui (Casa Civil) sabe disso”. A afirmação é do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, ao rebater críticas sobre a condução da investigação que revelou fraudes no INSS e gerou uma crise no governo Lula.
Em entrevista ao O Globo, Carvalho disse que a CGU seguiu a orientação do presidente para agir com rigor no combate à corrupção e que houve reuniões com secretários da Previdência, além de alertas do Tribunal de Contas da União sobre o caso. A operação, feita em parceria com a Polícia Federal, levou à saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou anteriormente que a crise poderia ter sido evitada se ele e Carlos Lupi tivessem sido alertados assim que surgiram as primeiras desconfianças de fraudes no INSS. “Essa investigação foi feita em menos de um ano, que é um prazo razoável. Houve reuniões com a Previdência, envolvendo secretários. O Tribunal de Contas da União já tinha tomado decisão”, argumentou Vinícius de Carvalho.
Carvalho, porém, negou que existam atritos com Rui. “Essa avaliação é de quem gostaria que o problema tivesse sido detectado lá atrás. Eu também gostaria.”
A investigação apontou fraudes em acordos firmados com entidades entre 2021 e 2022, no governo Bolsonaro, cujos descontos indevidos começaram a aparecer em 2023. A CGU apura se houve pagamento de propina a servidores do INSS.
“O presidente me deu uma tarefa clara: ser intolerante com fraudes. Não fizemos maquiagem, fizemos investigação de verdade”, pontuou o ministro.
Com informações de O Globo
