O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, nesta quarta-feira (26), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comunica mal, mas acredita que o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, “é competente” e deve reverter cenário “até o meio do ano”.
“Nós estamos melhorando a comunicação, porque alguém disse numa reunião outro dia que é um deserto de percepção da população em relação ao governo, ou seja, nós comunicamos mal”, disse Rui Costa durante um painel em evento do banco BTG Pactual em São Paulo.
“Nós precisamos ajustar a comunicação para que o fake news, que a versão falsa, não chegue antes da notícia verdadeira, porque quando isso ocorre você vai perder sempre. Você tem que fazer com que a notícia verdadeira chegue antes da notícia falsa”, prosseguiu.
Costa avaliou que confia na equipe escolhida por Sidônio para melhorar a comunicação do governo.
“É muito mais difícil fazer política de comunicação hoje do que a dez, 15 anos, atrás. Mas o Sidônio é competente e terá êxito nessa tarefa e ele está trabalhando 12, 14, 16 horas por dia dedicação a isso. Ontem, [Sidônio] fez uma apresentação sucinta ao presidente e a equipe que ele montou é muito competente. E nós estamos confiantes que com a entrada do super safra e a melhoria da comunicação, nós vamos reverter essa tendência até o meio do ano”, explicou.
Recentemente, Lula tirou Paulo Pimenta da chefia da Secom e colocou Sidônio. O novo ministro já atua com outra linguagem nas redes sociais oficiais do mandatário e também do governo federal.
Mais cedo, Rui Costa atribuiu a queda da popularidade do governo à comunicação e ao aumento no preço dos alimentos.
“Quando você tem um movimento de preços de alimento, principalmente, você mexe com a popularidade de qualquer governo e nós precisamos ajustar e dialogar muito com os setores produtivos”, disse em conversa antes do evento do BTG.
Para o ministro, é necessário “aperfeiçoar” a comunicação do governo e “capilarizar” as informações, para que a população tenha conhecimento das decisões do governo.
“Se as pessoas não têm a informação, a percepção, eventualmente, não vão poder avaliar se não conhecem. […] A melhor comunicação e melhoria do cenário de preços deve ter uma repercussão positiva nos próximos meses na avaliação do governo”, completou.
