Ossadas foram encontradas embaixo do mar dispostas como troféus.
Em meio às águas cristalinas do litoral norte de São Paulo, entre os turistas que lotam as praias e os pescadores que conhecem cada recife, surgiu uma lenda sombria que fez os moradores de Caraguatatuba repensarem sua relação com o mamífero.
A princípio, Tião parecia apenas mais um dos muitos golfinhos que costumavam acompanhar as embarcações pesqueiras. Ele era rápido, brincalhão e extremamente inteligente. Muitos turistas e pescadores viam nele uma atração exótica, um espetáculo natural que transformava os passeios de barco em algo inesquecível.
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Os primeiros relatos estranhos surgiram entre os pescadores mais velhos. Diziam que Tião não era como os outros golfinhos. Ele não apenas brincava – ele observava. Com olhos atentos e expressões que parecem humanas demais, ele estudou cada movimento, cada rede lançada ao mar, cada peixe capturado. E então, sem aviso, surgiram os desaparecimentos.
Tudo começou com pequenos incidentes. Redes rasgadas, peixes roubados, barcos danificados durante a madrugada. Depois vieram os barcos de pescadores caindo ao mar, jurando que tinham sentido uma força puxando suas pernas para baixo. O mais assustador era que, diferentes dos relatos comuns de ataques de tubarão, os corpos nunca apareciam.
A cidade entrou em alvoroço quando um grupo de turistas presenciou algo estarrecedor. Em um passeio de barco ao entardecer, um homem que nadava despreocupadamente nas águas calmas da baía foi subitamente puxado para baixo. O mar ficou vermelho. Os gritos ecoaram, mas ele nunca mais emergiu. Testemunhas afirmaram que, por um breve instante, viram uma barbatana deslizando pela superfície.
As autoridades pretendiam explicar os acontecimentos. “Golfinhos não atacam humanos”, diziam biólogos locais. Mas os moradores não estavam incluídos. Relatos de Tião continuaram a se espalhar, cada vez mais aterrorizantes. Um casal de mergulhadores afirmou ter encontrado um recife onde ossadas humanas jaziam no fundo do mar, disposto como um troféu macabro.
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A cidade entrou em pânico. Alguns pescadores começaram a evitar o mar, temendo que Tião estivesse os marcando como presas. Outros, mais céticos, acreditavam que as mortes seriam provocadas por tubarões. Até que um dia, sem explicação, Tião desapareceu. Sem mais ataques, sem novos corpos. Alguns dizem que ele partiu para outras águas, levando sua sede de sangue para outro litoral. Outros, mais supersticiosos, acreditam que Tião nunca foi um golfinho comum. Talvez fosse algo mais.
Mas até hoje, nas noites de maré cheia, os pescadores afirmam ouvir estes na água e ver uma sombra escura se mover sob a superfície. E dizem que, se você escutar com atenção, pode ouvir um som abafado que se parece com uma risada.
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